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TSE pede à PF para apurar ataque hacker no dia da eleição.

O presidente do Tribunal Superior
Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, afirmou nesta segunda-feira (16),
que pediu à Polícia Federal a abertura de inquérito para apurar o
ataque cibernético aos sistemas da Justiça Eleitoral neste domingo (15),
dia do primeiro turno das eleições municipais.
O ataque, denominado "negação de serviço com milhares de tentativas de
acesso simultâneas", consistiu de 436 mil conexões por segundo na manhã
deste domingo a fim de tentar derrubar o sistema do Tribunal Superior
Eleitoral.
De acordo com o ministro, os disparos massivos foram provenientes de Brasil, Estados Unidos e Nova Zelândia.
"O ataque não conseguiu ultrapassar as barreiras e foi devidamente
repelido pelos nossos mecanismos de segurança", afirmou Barroso.
Além do ataque cibernético, o ministro pediu também à PF a investigação
do vazamento de dados antigos, de mais de dez anos, de ex-ministros e
ex-funcionários do tribunal.
Segundo ele, esse vazamento se deu em "data pretérita", ainda não
identificada, mas foi divulgado neste domingo como forma de desacreditar
o sistema de informática do tribunal.
"Assim que eles foram vazados, milícias digitais entraram imediatamente
em ação tentando desacreditar o sistema. Há suspeita de articulação de
grupos extremistas, que se empenham em desacreditar as instituições,
clamam pela volta da ditadura. E muitos deles são investigados pelo
Supremo Tribunal Federal", declarou.
Barroso disse que conversou sobre o inquérito na manhã desta
segunda-feira com o diretor-geral da Polícia Federal, delegado Rolando
Alexandre de Souza. "Pedi a ele a investigação que se justifica nesse
caso, uma investigação séria e ampla", afirmou.
Totalização dos votos
Barroso disse que, segundo o serviço de tecnologia da informação do TSE,
a origem do problema na totalização dos votos - que provocou demora de
pelo menos duas horas na divulgação dos resultados da apuração - foi a
demora da chegada de um supercomputador.
De acordo com o ministro, o TSE contratou os serviços da empresa Oracle
de fornecimento do supercomputador para uma nova tarefa: a totalização
dos votos centralizada no TSE - e não mais descentralizada pelos
tribunais regionais eleitorais (TREs).
Até a eleição anterior, os boletins das urnas eram transmitidos para os
computadores dos TREs, que totalizavam os votos e enviavam o resultado
para o TSE. Neste ano, o tribunal mudou o procedimento e centralizou a
totalização dos votos em Brasília. A opção pela totalização centralizada
foi recomendada pela Polícia Federal por razões de segurança, informou o
ministro.
O serviço do supercomputador foi contratado em março, mas, em razão da
pandemia de Covid-19, o equipamento só chegou em agosto, disse Barroso. A
demora impediu que a equipe técnica do tribunal realizasse todos os
testes necessários para que o software aprendesse a calcular os dados
com a velocidade e volume necessários.
"Em razão das limitações nos testes prévios, no dia da eleição, a
inteligência artificial demorou a realizar o aprendizado para processar
os dados no volume e velocidade com que chegavam. Daí sua lentidão e
travamento, que exigiu que a totalização fosse interrompida e iniciada. A
detecção e solução do problema gerou atraso de aproximadamente duas
horas", afirmou.
Recomendação de segurança
O secretário de Tecnologia da Informação do Tribunal Superior Eleitoral,
Giuseppe Janino, afirmou que peritos da PF identificaram que o risco de
ataque ao sistema eleitoral seria maior com a totalização nos TREs
porque seriam 27 alvos possíveis. A centralização diminui para um o
número de alvos, e o TSE tem uma capacidade maior de se proteger.
"A passagem da totalização para o TSE se deveu a uma recomendação de
medida de segurança da Polícia Federal. Eu comentei ontem que não tinha
simpatia pela medida, mas depois fui informado que era uma questão
importante de segurança", declarou o ministro Luís Roberto Barroso.
"Se eu tivesse as mesmas informações que as gestões anteriores tiveram,
eu tomaria a mesma decisão que eles tomaram. Quando disse que não tinha
simpatia, era sobre administrar essa mudança", complementou o ministro.
E-Título
O presidente do TSE disse que a equipe de tecnologia do tribunal ainda
analisa se os problemas apresentados pelo aplicativo de smartphone
e-Título foi relacionado ao sistema ou de suporte.
Segundo Barroso, houve uma grande quantidade de downloads em pouco tempo, o que pode ter sobrecarregado os servidores.
O e-Título foi o documento mais utilizado no primeiro turno, disse o presidente.
De acordo com o ministro, até domingo, o aplicativo teve mais de 13
milhões de downloads e 600 mil justificativas feitas pelo app.
Nesta segunda (16), outras 460 mil pessoas justificaram a ausência na
eleição pelo e-Título. Foram contabilizados 700 mil downloads.
Fonte: Minuto Nordeste
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